quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
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Copasa avança na privatização ao estender concessão em BH

EM 8 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 22:03

A Copasa, companhia de saneamento, anunciou na última sexta-feira, dia 8, que firmou uma carta de intenções com a Prefeitura de Belo Horizonte, o principal município sob sua concessão. Este acordo visa a extensão da concessão de serviços até 2073 e deve ser formalizado em um prazo de uma a duas semanas.

A extensão da concessão está vinculada ao pagamento de uma outorga que varia entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Esse valor será incluído na base regulatória e serão implementadas melhorias significativas, como uma nova metodologia para calcular o custo médio ponderado do capital (WACC) e regras de compartilhamento de ganhos. A efetivação desse acordo depende da aprovação da ARSAE, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais. As mudanças regulatórias permanecerão, mesmo que ocorra a privatização da empresa.

Analistas do Bradesco BBI destacaram que a extensão da concessão e as novas diretrizes regulatórias podem agregar valor ao processo de privatização planejado para o primeiro trimestre de 2026. Eles acreditam que isso pode gerar eficiência operacional e melhorar os retornos do setor.

Embora o Bradesco tenha mantido uma recomendação neutra para as ações da Copasa, com um preço-alvo de R$ 56, o banco vê oportunidades significativas nas próximas semanas, como a votação do projeto de privatização e a revisão tarifária prevista para dezembro.

A Genial Investimentos considera a extensão da concessão como uma estratégia que diminui as incertezas regulatórias e garante uma previsão de receitas estáveis para a Copasa, fortalecendo a empresa sob o Novo Marco Legal. A corretora ressaltou que a negociação com a capital mineira é um indício positivo para a estabilidade financeira a longo prazo da empresa.

Por outro lado, o Itaú BBA destacou que esses avanços reforçam o progresso da privatização, tanto em termos contratuais quanto legislativos. O banco acredita que a Copasa tem chances de expandir seus contratos atuais e que o processo legislativo deve ser concluído até 2025. O Itaú BBA manteve uma classificação de desempenho acima da média para a empresa, com um preço-alvo de R$ 43,20.

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