terça-feira, 30 de dezembro de 2025
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Moradora declara aversão a pessoas negras

EM 30 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 09:01

Um casal de Itaquaquecetuba, em São Paulo, foi vítima de racismo durante uma visita a Belo Horizonte, onde se reuniram com a família para as festas de Natal e Réveillon. O incidente ocorreu no elevador do prédio onde reside o filho do casal, Miguel Gusmão Bouças, de 23 anos, localizado no hipercentro da capital mineira. Na ocasião, o professor Fábio dos Santos Bouças, de 51 anos, e a psicóloga Eneida Aparecida Gusmão Bouças, de 43, foram hostilizados por uma moradora. Ela proferiu a frase “tenho nojo de preto” ao se dirigir a eles.

Eneida relatou que, ao ouvir a expressão, eles ficaram em estado de choque, sem compreender imediatamente o que havia acontecido. Ela explicou que, embora o casal esteja acostumado a experiências de racismo mais sutis, essa hostilidade explícita foi uma surpresa. A situação foi gravada pelas câmeras de segurança do edifício.

Após o incidente, no dia 29 de dezembro, o casal registrou um Boletim de Ocorrência contra a moradora, identificada como Natália Burza Gomes Dupin, de 42 anos. O síndico do prédio ofereceu apoio e assistência ao casal após a agressão verbal.

Antes do ataque, Natália já havia demonstrado hostilidade. Quando desceu para pegar uma encomenda, ela olhou para o casal de forma agressiva e cuspiu no chão. Eneida percebeu que a mulher não gostou de sua presença e internamente concluiu ser uma atitude racista. Após essa situação, a moradora passou a verbalizar seu preconceito.

Eneida revelou que a agressão a deixou extremamente abalada, afetando sua saúde e alterando sua pressão arterial. O casal refletiu sobre o ocorrido após receber orientação na delegacia. Fábio ressaltou que o incidente estragou as celebrações e foi uma experiência muito difícil para eles.

Miguel, o filho do casal, que estuda Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, comentou que não tinha conhecimento sobre os antecedentes da agressora. Ele afirmou que moram no prédio há aproximadamente um ano e meio e não tiveram nenhuma interação anterior com Natália.

Vale destacar que essa não é a primeira vez que Natália Burza Gomes se envolve em um ato de racismo. Em 2019, ela foi presa por discriminação racial após declarar a um taxista que não andaria com pessoas negras. Na ocasião, ela ameaçou chamar a polícia ao ser confrontada e ainda agrediu verbalmente uma policial ao chegar à delegacia. Após pagar fiança, ela foi liberada.

As informações sobre o caso de racismo estão sendo investigadas, e o casal espera que a situação seja reconhecida e tratada de forma adequada. A reportagem não conseguiu obter um posicionamento de Natália sobre o ocorrido.

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