A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, nesta terça-feira (30), os valores destinados ao subsídio do transporte coletivo para 2026. O total chega a R$ 756.945.104,82, representando um aumento de 7,4% em relação aos R$ 704,7 milhões destinados em 2025.
A informação foi divulgada no mesmo dia em que a prefeitura confirmou o aumento da tarifa de ônibus, que passará de R$ 5,75 para R$ 6,25. O novo valor começará a ser cobrado a partir da meia-noite desta quinta-feira (1º/1).
O cálculo do subsídio leva em conta diversos fatores, como a inflação, a taxa de juros e os preços dos combustíveis. Esses elementos foram analisados para determinar o novo valor do subsídio com base na remuneração paga em 2025. A fórmula inclui o custo total do sistema de transporte, subtraindo-se o que é arrecadado das passagens pagas pelos passageiros. Para 2026, a Prefeitura considerou uma redução de R$ 4 milhões por mês nas tarifas, devido à implementação da tarifa zero nos domingos e feriados.
A maior parte do subsídio será destinada às empresas do transporte convencional, totalizando R$ 736 milhões, enquanto o sistema suplementar receberá R$ 20 milhões. Em 2025, a previsão era de que fossem rodados 153 milhões de quilômetros, com um subsídio de R$ 4,50 por quilômetro. Para 2026, a expectativa é de 157 milhões de quilômetros rodados, com um subsídio de R$ 4,66 por quilômetro.
Além disso, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026 já foi aprovada pela Câmara Municipal. O orçamento apresenta um déficit de R$ 786,6 milhões, com uma previsão de arrecadação de R$ 24,13 bilhões e despesas estimadas em R$ 24,9 bilhões. No projeto orçamentário, constava a previsão de R$ 2 bilhões para mobilidade urbana, mas sem informações detalhadas sobre o valor que será destinado ao subsídio do transporte coletivo. Uma parte desse valor está reservada para obras, como as do Novo Anel Rodoviário e a implementação de corredores prioritários para ônibus.