A Prefeitura de Belo Horizonte prevê que o subsídio para o transporte público por ônibus chegará a R$ 756,9 milhões em 2026. Essa informação foi divulgada pela Superintendência de Mobilidade do Município (Sumob) e está baseada na Lei Municipal nº 11.458/2023. A projeção inclui tanto o sistema convencional de ônibus quanto o sistema suplementar.
A divulgação desses dados acontece em um momento de mudanças nas tarifas de ônibus, que sofrerão um reajuste a partir de 1º de janeiro. O valor da passagem passará de R$ 5,75 para R$ 6,25, um aumento de 8,7%. Apesar desse aumento, a maior parte dos custos do transporte continuará sendo coberta por recursos do orçamento municipal.
Do total projetado para 2026, R$ 736,9 milhões serão destinados ao sistema convencional de ônibus, enquanto o sistema suplementar receberá aproximadamente R$ 20,06 milhões. Assim, totalizando R$ 756.945.104,82 ao longo do ano.
O subsídio é utilizado pela prefeitura para equilibrar a diferença entre as receitas obtidas com as tarifas e os custos de operação do transporte. Esses custos incluem despesas com combustível, salários dos funcionários, manutenção dos veículos, depreciação, tributos e quilometragem percorrida, conforme as diretrizes da Associação Nacional de Transportes Públicos.
O estudo técnico que fundamenta essa projeção já considera o reajuste das tarifas nas suas estimativas. No entanto, ainda assim, é esperado que o subsídio continue alto para garantir o funcionamento do sistema e manter políticas públicas, como a gratuidade nas linhas que atendem vilas e favelas e o transporte gratuito aos domingos e feriados.
Esse subsídio ao transporte coletivo tem sido um fator importante nas contas da cidade. O Orçamento de Belo Horizonte para 2026 prevê um déficit de R$ 786,6 milhões, sendo que cerca de R$ 680 milhões estão relacionados somente à área de mobilidade urbana. Para esse ano, a previsão total de gastos da prefeitura com o transporte coletivo por ônibus é de R$ 1,7 bilhão, um aumento significativo em relação aos R$ 1,02 bilhão estimados para 2025, representando uma alta de 66,6%. A maior parte desse investimento é direcionada ao pagamento dos subsídios às empresas de ônibus.