O advogado Daniel Boczar Leão se tornou réu pelo homicídio da manicure Cássia Gomes Chaves, que morreu em 2022, em Belo Horizonte. A decisão foi tomada pelo juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, do 2º Tribunal do Júri, após a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ser aceita nesta terça-feira.
Cássia, de 35 anos, foi atropelada na madrugada do dia 28 de fevereiro de 2022, por volta da 1h, na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Santa Lúcia. Ela e uma amiga estavam saindo de um evento e iam entrar no carro estacionado quando Daniel, dirigindo uma BMW, a atingiu, jogando-a contra outro veículo.
Uma hora após o atropelamento, Daniel foi até uma base da Polícia Militar (PM) na Savassi, onde fez uma comunicação falsa de crime, afirmando ter sido agredido por flanelinhas. Contudo, os policiais estranharam seu relato confuso e notaram sinais de embriaguez. No sistema da polícia, já havia um registro do acidente envolvendo um carro que correspondia às características do veículo de Daniel.
Diante das suspeitas, ele foi convidado a fazer o teste do bafômetro, que resultou positivo para embriaguez. Além disso, uma garrafa de vodca foi encontrada dentro do carro. Por esses motivos, ele recebeu voz de prisão em flagrante.
A defesa de Daniel tem um período de 10 dias para apresentar sua argumentação inicial. O MP também requisitou cópias dos laudos e documentos que foram utilizados para a elaboração do inquérito.
O juiz ainda decidiu que o Ministério Público deve se manifestar sobre o pedido de segredo de Justiça feito pela defesa do advogado.