O público infantil poderá aproveitar mais uma emocionante aventura com os Detetives do Prédio Azul. O filme “D.P.A. – O fantástico reino de Ondion” estreia nos cinemas de Belo Horizonte nesta quinta-feira, 4 de dezembro. A produção é dirigida por Mauro Lima e o roteiro é da escritora Flávia Lins e Silva.
Nesta nova história, Max, interpretado por Samuel Minervino, desaparece, e seus amigos Mel, vivida por Emilly Puppim, e Zeca, interpretado por Stéfano Agostini, acreditam que ele foi raptado pelos vilões Juks (Enzo Campeão) e Rumorum (Gabriel Braga Nunes). Eles suspeitam que Max esteja no misterioso reino de Ondion, um lugar já mencionado em outras histórias do universo D.P.A., sendo o lar de personagens conhecidos como Leocádia e Berenice. Essa é a primeira vez que o reino mágico é explorado em detalhes.
Flávia Lins e Silva, a roteirista, comenta sobre a realização de seu projeto: “Por meio da tecnologia e da produção em estúdio, conseguimos finalmente mostrar esse mundo encantado que imagino há anos. Ele precisava ser vibrante e surpreendente, e a equipe toda contribuiu para isso”.
Desde sua estreia em 2012, “Detetives do Prédio Azul” já conta com 20 temporadas, mais de 500 episódios, quatro filmes e uma versão animada chamada “D.P.A. mini”. Além disso, surgiram projetos relacionados, como “Vlog da Mila” e “Acampamento de magia para jovens bruxos”, todos desenvolvidos por Flávia.
A série começou quando o canal Gloob foi lançado. Inicialmente, a ideia era adaptar os livros “Diário de Pilar”, mas o orçamento era limitado. Flávia explica: “Com o dinheiro disponível e a urgência do projeto, percebi que não seria viável fazer sobre a Pilar. Então, criei outra história: algo que se passasse dentro de um prédio, possível de executar. Fui para casa e rapidamente trouxe à vida os detetives com um toque de magia”.
Nos primeiros episódios, que tinham cerca de 13 minutos, as cenas se passavam em um ambiente restrito, envolvendo apenas um apartamento, a portaria e um pátio. Com o aumento do orçamento, muitas outras locações foram exploradas ao longo da série.
Os longas-metragens da franquia ampliam o universo da série, levando os personagens para lugares como o Rio de Janeiro, a Itália e até a Patagônia, com filmagens em Ushuaia, na Argentina. Flávia observa a importância de expandir os cenários e personagens, o que enriquece as histórias: “Enquanto a série se limita ao prédio, os filmes permitem essa exploração e a descoberta de novos mundos”.
A inclusão de novos personagens é uma estratégia importante para revigorar a trama. Flávia conta que, em um determinado momento, foi necessário introduzir novos detetives, o que trouxe frescor às histórias. “Cada novo personagem traz características únicas, como a ligação com a ecologia ou a tecnologia, que ajudam a avançar a narrativa”.
O desenvolvimento da série também se adaptou às mudanças sociais e tecnológicas das últimas décadas. Todos os episódios estão disponíveis no Globoplay e a obra “Academia de magia para jovens bruxos” foi especialmente criada para a plataforma. Contudo, Flávia enfatiza que o D.P.A. é pensado para ser assistido em família na televisão e não em dispositivos móveis. Para tanto, conta com uma equipe de pedagogos para garantir a qualidade do conteúdo.
Com mais de 25 anos dedicados ao público infantil, Flávia reforça a importância da pesquisa em seu trabalho: “Não cheguei aqui por acaso. Passei anos indo às escolas e estudando as realidades das crianças, sempre buscando contar histórias que realmente as envolvam”.
Em janeiro de 2026, outra obra de Flávia chegará aos cinemas: “O diário de Pilar na Amazônia”, que será a primeira adaptação live-action dos livros que retratam uma garota explorando o mundo através de uma rede mágica.
A estreia de “D.P.A 4 – O FANTÁSTICO REINO DE ONDION” está programada para as redes Cineart, Cinemark, Cinesercla, Cinépolis e no Centro Cultural Unimed-BH Minas, prometendo mais uma aventura inesquecível para as crianças.