O primeiro dia de gratuidade nas passagens de ônibus em Belo Horizonte trouxe reações diversas entre os passageiros. A nova medida começou a valer imediatamente e muitos moradores só perceberam a mudança ao tentar passar pela catraca, que estava liberada.
A isenção do pagamento foi aprovada na semana passada e confirmada por um decreto assinado pelo prefeito Álvaro Damião, no dia 11 de dezembro. No domingo, muitos belo-horizontinos aproveitaram a oportunidade para sair, visitar parentes e fazer compras pela cidade.
Danilo Nunes, um estudante de 21 anos, compartilhou sua experiência: “Foi uma surpresa. Vi sobre a gratuidade nas redes sociais pela manhã e ao pegar o ônibus 1502, já me surpreendi ao passar o cartão e perceber que não precisei pagar”.
A falta de informação prévia deixou muitos passageiros confusos. Marcos Oliveira, motorista da linha 5106 (Bandeirantes/BH Shopping), mencionou que precisou explicar a situação para diversos usuários que estavam prontos para pagar em dinheiro.
Valdemar Santos, um conferente de logística de 42 anos, também expressou sua surpresa: “Quando passei o cartão e vi que não fui cobrado, fiquei incrédulo. Eu achava que era apenas uma promessa política”, afirmou.
Na estação UFMG, localizada na avenida Antônio Carlos, o movimento foi intenso. Sheila Valéria, auxiliar de operações do MOVE, comentou sobre a necessidade de uma melhor divulgação da nova medida. “Eu não parei de levantar da cadeira para ajudar os passageiros a passar os cartões. É importante que a prefeitura informe mais as pessoas, assim elas podem usar o cartão com mais facilidade e rapidez”, disse.
Além dos moradores da capital, a gratuidade também atraiu visitantes de cidades vizinhas. Gerson Silva, comerciante de 55 anos, veio de Ponte Nova com sua família. “Estamos explorando a Pampulha e agora indo para o Centro. Economizar nas passagens é excelente, assim podemos gastar o que sobrou em um lanche ou um sorvete para as crianças”, comentou.
A gratuidade nas passagens de ônibus em Belo Horizonte gerou interesse e confusão, evidenciando a importância de uma comunicação clara sobre novas políticas públicas.