Uma série de crimes violentos tem ocorrido em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde dezembro de 2024, devido a uma guerra entre facções do tráfico de drogas. A Polícia Civil de Minas Gerais finalizou a primeira etapa das investigações relacionadas a esses incidentes, que incluem homicídios e tentativas de assassinato.
A operação, chamada “Bellum ad Vitam”, conseguiu identificar os principais envolvidos em ataques motivados pela disputa por pontos de venda de drogas e por vinganças entre grupos rivais. Quatro facções foram identificadas como participantes nesse conflito: CDE, CDI, Tropa do Stanley e CDC. A violência tem sido mais intensa nos bairros Emboabas e São Geraldo, que são considerados áreas estratégicas para o tráfico.
As investigações revelaram que a rivalidade entre os grupos resultou em crimes graves, como homicídios, sendo que alguns foram realizados em locais públicos, como hospitais. Um dos casos mais impactantes foi o assassinato de um jovem de 22 anos, que foi baleado na rua e depois executado dentro do pronto atendimento da Santa Casa de Caeté.
Além dos crimes intencionais, a polícia detectou situações em que pessoas inocentes foram feridas por engano, além de ações movidas exclusivamente por vingança entre as facções. A Polícia Civil detalhou que a guerra entre essas organizações criminosa geralmente envolve emboscadas, ataques planejados e o uso frequente de armas de fogo.
Durante a operação, os investigadores também encontraram um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp, chamado “Letra B”, que conta com cerca de 270 membros ligados às facções. Este espaço virtual serve para a troca de informações, articulação de crimes e fortalecimento das ações dos grupos na cidade.
Com a conclusão dessa fase da operação, a Polícia Civil afirmou que todos os crimes investigados foram esclarecidos. Oito inquéritos referentes a homicídios e tentativas de assassinato já foram enviados à Justiça, enquanto outros quatro estão aguardando resultados de perícias e relatórios finais. A operação contou com a colaboração do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Militar.